A informação foi tornada pública pelo Director Nacional de Pecuária no Ministério da Agricultura, Ambiente e Pescas, Rafael Escrivão, durante uma palestra organizada pela instituição, no âmbito do Dia Mundial da Abelha, que se comemora esta terça-feira, 20 de Maio, sob o lema “Abelha, inspirada pela natureza para nutrir a todos”.
De acordo com o Director, os apicultores estão espalhados um pouco por todo o país, com mais de 60.000 colmeias, destinadas à produção do mel, cera, própolis e outros produtos apícolas, sendo que a região centro lidera a produção.
Rafael Escrivão entende que as abelhas, para além de serem produtoras do mel, um alimento funcional, terapêutico e culturalmente valorizado, são igualmente agentes de polinização, vitais para a reprodução de mais de 75% das plantas cultivadas. “São responsáveis, directa ou indirectamente, por mais de 1/3 dos alimentos que chegam à nossa mesa. Sem abelhas, não teríamos a mesma variedade de frutas, legumes, sementes e oleaginosas e o impacto disso seria devastador para a nutrição humana, economia agrícola e resiliência ambiental”.
O dirigente disse que, os dados revelam, não apenas a força produtiva do sector, mas também as oportunidades existentes para a geração de renda sustentável, inclusão da população nas zonas rurais e a conservação da biodiversidade, tendo realçado a importância do conhecimento técnico para tornar o país numa referência internacional no domínio de apicultura ecológica e resiliente.
O Director Nacional de Pecuária instou aos futuros profissionais da área a assumirem a responsabilidade, garantindo o bem-estar e a função produtiva das abelhas, monitorar e combate a doenças apícolas como a loque americana, a varroa entre outras ameaças à sanidade das colmeias, assim como promover boas práticas apícolas, incluindo o controlo da qualidade dos produtos. (X)